Dra Noélia Arruda

Até aos dias de hoje sempre se ouviu que o colesterol elevado tinha impacto nos episódios das DCV. Contudo, esta teoria é derrubada quando se avalia pacientes, tanto com os níveis de colesterol normal ou elevado, mas com certas características nas análises bioquímicas alteradas, hábitos alimentares desequilibrados e um estilo de vida sedentário. Mais preocupante que a gordura provida da alimentação, o açúcar, sendo cada vez mais considerado um veneno, promove a hiperglicémia (aumento dos níveis de açúcar no sangue) e juntamente com um estilo de vida sedentário e stressante, acredita-se que sejam os factores fortemente envolvidos com as DCV. O estudo pormenorizado das análises permite avaliar, por exemplo, os níveis de inflamação através da Homocisteína e do Fibrinogénio, além das vitaminas K e D, bem como outros parâmetros que são excelentes indicadores de um acrescido risco de desenvolver DCV, do que propriamente o valor do colesterol, per si. O colesterol intervém na produção de hormonas, muito importantes para a nossa vida, como as hormonas sexuais, além disso faz parte das membranas celulares, principalmente das membranas dos neurónios, permitindo os impulsos nervosos e a acuidade mental. O alerta que faço é direccionada para uma ponderação consciente na toma das estatinas (medicação largamente prescrita para reduzir o colesterol). Estudos referem uma relação entre a toma de medicação para reduzir o colesterol e aumento da tendência á demência e Alzheimer. Em primeiro lugar é necessário desintoxicar o organismo de substâncias tóxicas e inflamatórias provenientes da alimentação e consumir alimentos funcionais e protectores do nosso organismo. Além disso reduzir os níveis de stress do dia-a-dia através da actividade física e de práticas de meditação permitem regular a produção de cortisol (hormona que em níveis elevados produz gordura corporal e agressão ás paredes celulares).

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