Dra Noélia Arruda

Como gerir o peso aos 40 anos?

Aos 40 anos existem desafios na fisiologia de uma mulher – o ganho de peso e o aumento do apetite estão relacionados com as disfunções hormonais. Acima de tudo o nosso organismo é uma orquestra de hormonas. Como ocorre na adolescência aos 40 anos há também modificação dos níveis hormonais. E o primeiro desafio é aceitar estas alterações!

Os comportamentos e hábitos alimentares, o sucesso profissional, o estilo de vida, um olhar sobre a vida numa outra perspectiva, na maioria dos casos, está desajustado às necessidades básicas do organismo. E aí começa…. Uma necessidade de doces… um apetite descontrolado…. dificuldade em perder peso… mudanças no corpo… noites mal dormidas…. ansiedade… e muitas vezes depressão…

A abordagem deverá ser direccionada em 3 aspectos fundamentais: estudo das análises – para analisar funções hormonais e défices nutricionais; regulação do sono;  microbiota funcional, ou seja, criar equilíbrio nas primeiras 2 porções do intestino em termos de bactérias e absorção dos nutrientes.

Nas análises podemos verificar como está o funcionamento da tiróide, hormona de crescimento, níveis de cortisol, Vitamina D, iodo, selénio… se há um aumento do apetite – aumento da Grelina – diminuição da Leptina – hormona da saciedade.

Por exemplo – Se não há boa higiene de sono (8 horas por noite) há diminuição da melatonina, os níveis de cortisol estão mais elevados, começa a ocorrer uma estimulação de insulina e consequentemente maior acumulação de gordura corporal pelo próprio organismo.

Actividade física e Alimentação – produz endorfinas – hormonas que equilibram o apetite e o sono, aumentam a auto-estima e o bem-estar, aumentam o tónus muscular, reduz a acumulação de gordura corporal, retarda o envelhecimento.

A alimentação Saudável deve ser baseada nos princípios da alimentação saudável: Alimentação mediterrânica – Alimentação funcional – Alimentação Anti-aging. Outras linhas como a Alimentação vegetariana OU macrobiótica OU Ayurveda, têm-se mostrado eficazes nas consultas. Neste sentido, devemos Inibir o stress oxidativo através do consumo de alimentos ricos em antioxidantes, que combatem os radicais livres e aumentam a eficiência na multiplicação celular e a sua longevidade.

Uma alimentação baseada nos princípios alimentares é fundamental! Atender ás escolhas alimentares que satisfaçam as necessidades nutricionais de acordo com as necessidades hormonais – selenio-zinco (castanha do Pará), Vitamina D (sol), iodo (sal dos himalaias), probióticos, ómega 3 (chia, atum, quinoa). O omega3 – EPA e DHA – (azeite; bacalhau, sementes (cânhamo); frutos secos; probióticos; legumes e vegetais (pimentos, tomate, beterraba, brócolos, espargos); leguminosas (feijão, grão, lentilhas); batata-doce; frutos frescos (pera abacate, morangos, mirtilos, framboesas); especiarias (canela; curcuma, cardamomo), alimentos germinados.

O plano alimentar é a cereja em cima do bolo. É necessário integrar uma serie de conceitos e equilibrar todo o organismo para que o esquema alimentar funcione! Todos os planos alimentares tem de ser diferentes e direccionados para cada mulher – gostos, cultura, necessidades, actividade física…

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