O ciclo menstrual é constituído por 2 fases: a fase folicular onde ocorre a maturação do folículo e a fase lútea onde ocorre a formação do corpo lúteo, há predomínio de progesterona e espessamento do endotélio para a adequada implantação.
Num ciclo menstrual de 28 dias, no 14º dia é a ovulação, a fase lútea é fixa e tem uma duração de 12 a 16 dias. É na fase lútea que ocorre a síndrome do transtorno pré-menstrual.
No seguimento ocorre o aumento da progesterona que vai originar aumento de outras hormonas como a aldosterona que é uma hormona que faz aumentar a retenção de sódio, por isso, pode-se explicar o aumento de retenção de líquidos.
O aumento de cortisol aumenta a degradação de triptofano e diminui a formação de serotonina, e isso leva a uma compulsão por doces. Recomenda-se os precursores de serotonina por suplementação/alimentação: triptofano, complexo B.
Com a depleção de cálcio e magnésio intracelular, recomenda-se esses minerais em suplementação.
Mulheres com uma TPM muito alterada tem deficiência na altopregnanolona e isso leva a uma alteração na modulação do GABA (precursor que diminui a ansiedade).
Uma alimentação equilibrada, completa e variada permite um aporte continuo de nutrientes para satisfazer as necessidades hormonais ao longo do ciclo menstrual. Caso na alimentação não haja um correto aporte de cálcio através de lácteos e vegetais e de magnésio através de legumes, frutos secos, aquando da depleção de cálcio e magnésio intracelular, que é característico no ciclo menstrual, há necessidade de recomendar suplementar estes minerais.
Se as mulheres tiverem um aporte nutricional equilibrado e se realizarem analises bioquímicas com regularidade (de 6 em 6 meses ou anualmente) para irem analisando as alterações hormonais e prevenindo o descontrolo e envelhecimento hormonal, conseguem reverter um quadro de disfunção hormonal ou patológicos no futuro.
Na fase folicular não há descontrolo no apetite. É nesta fase que as mulheres fazem de uma forma mais fácil, mas erradamente, grandes dietas restritivas mas depois da ovulação ficam com o apetite muito descontrolado e abandonam a dieta. Por outro lado uma restrição calórica apenas na primeira fase do ciclo pode ser suficiente para descontrolar as hormonas do apetite. O foco nesta fase deveria ser rica em micronutrientes (legumes e vegetais ou sementes ou frutos secos e o fracionamento das refeições) para armazenar nutrientes e criar cascatas hormonais saudáveis para não se ter consequências no apetite por doces na fase lútea do ciclo.
No seguimento da ovulação ocorre a diminuição dos estrogénio e o aumento da progesterona. Nesta fase, fase lútea, pode haver aumento do apetite por descompensação alimentar que possa ter acontecido na fase folicular, resultando numa TP mais ou menos tranquila ou mais complicada em termos alimentares e emocionais.
No fluxo normal hormonal do ciclo menstrual há aumento de cortisol que por sua vez faz aumentar a degradação de um cofator o triptofano que sendo precursor da serotonina, hormona muito importante do bem estar e prazer, diminui a formação de serotonina, e isso leva a uma compulsão por doces. Recomenda-se os precursores de serotonina por suplementação/alimentação: triptofano, complexo B ou crómio. Além do mais o consumo de doces leva a uma inflamação de baixo grau que leva a uma maior degradação de triptofano e entramos num ciclo vicioso que pode levar á depressão!
No seguimento da ovulação ocorre o aumento da progesterona que vai originar aumento de outras hormonas como a aldosterona que é uma hormona que faz aumentar a retenção de sódio, por isso, pode-se explicar o aumento de retenção de líquidos. A retenção de líquidos é prevenida com atividade física ao longo do ciclo e principalmente nesta fase. Em termos de alimentação o açúcar e o sal fazem criar uma inflamação de baixo grau e isso origina alteração no sistema linfático que fica comprometido na sua função de destoxificação das toxinas e faz bloquear a função renal e criar toxicidade no tecido adiposo provocando a celulite. Alimentos processados ricos em gordura, açúcar e sal são os maiores responsáveis por esses transtornos metabólicos.