Dra Noélia Arruda

Uma atenção mais pormenorizada às análises clínicas!

Na consulta para a fertilidade devem-se solicitar análises laboratoriais gerais, tanto para o homem como para a mulher. No caso da mulher deve-se estudar o hemograma, leucograma, perfis metabólicos – lipídico e glucídico – (colesterol, triglicéridos, glicemias), perfil adrenal (cortisol), perfil da tiróide (TSH, T3, T4), minerais (ferro, selénio, cálcio) e vitaminas (vitamina D, vitamina A) e metais tóxicos (mercúrio, cádmio). Como hormonas sexuais femininas, salientam-se a Anti-mulheriana, a FSH, a LH e a Progesterona, nas fases específicas do ciclo menstrual.

Aconsulta de nutrição funcional através da realização de uma anamnese exaustiva permite avaliar os hábitos alimentares, higiene de sono, a saúde intestinal, o enquadramento profissional, estilo de vida, entre outros parâmetros com o objetivo de identificar quais os disruptores endócrinos que podem estar a influenciar a fertilidade.

No caso da mulher devem fazer-se exames do foro ginecológico e anatómico a fim de perceber se existe algum bloqueio que impeça a fertilidade e/ou conceção. Deste modo, na mulher é importante estudar cada uma das etapas de fertilidade: processo de ovulação, formação do corpo lúteo, libertação do oócito nas trompas, falha de fertilização do espermatozoide ou bloqueio anatómico das trompas.

Aquando das consulta e exames solicitados pelos médicos podem ser diagnosticados casos de endometriose ou Síndrome do Ovário Poliquistico ou envelhecimento ovariano precoce. Perante estas patologias devem ser pedidas outras análises do ponto de vista nutricional a fim de perceber como estão os níveis de inflamação, stress metabólico oxidativo e deficit nutricionais que estejam relacionados. Conhecendo os fatores de desequilíbrio é importante determinar as estratégias que equilibram ou silenciam essas patologias. Assim, o estudo da homocisteína, fosfatase alcalina e cortisol são parâmetros que devem estar relacionados com níveis de vitamina C, vitamina B6 e vitamina B6.

Na mulher podemos considerar que 45% de infertilidade diz respeito ao fator hormonal/ovariano, em que há alterações hormonais e de ovulação (baixa reserva ovariana, síndrome do ovário poliquistico, excesso de peso/obesidade, alterações na tireoide e/ou prolactina elevada); 35% da infertilidade deve-se ao fator anatómico, em que há alterações no trato reprodutor (miomas, pólipos, quistos, malformações uterinas); 15% está relacionado com uma patologia designada de endometriose; 5% provém de causas inexplicáveis, que podem ser causas genéticas cromossómicas ou fatores imunológicos.

Por fim, é importante salientar toda a envolvência emocional que os casais depositam nos profissionais de saúde para os orientarem da melhor maneira a realizarem o tão desejado sonho de serem pais. Assim, é crucial que os casais sintam que estão num caminho consciente e que têm os esclarecimentos necessários para tomarem as melhores decisões.

Preencha os campos abaixo para garantir a sua vaga!


This will close in 0 seconds

Scroll to Top