O Mediterrâneo é o berço de várias civilizações, em que as sociedades mediterrânicas, possuíam nas paisagens os terrenos cultivados de videiras, oliveiras, pomares e figueirais. Os cereais, o pão, o azeite e o vinho foram alimentos considerados sagrados por influência das civilizações que marcaram a história. Com o desenvolvimento de novas tecnologias houve dinamização do comércio e por conseguinte o desenvolvimento de vilas e cidades. Para além disso, o país divido em norte e sul pelo mondego condicionou especificidades à preparação e confecção dos alimentos, que foram saberes transmitidos de geração em geração. A enorme costa marítima promoveu a criação de vilas piscatórias trazendo para a mesa destas populações uma grande variedade de peixes, moluscos e bivalves. A diversidade da cozinha resultou da partilha nos convívios entre camponeses e pescadores, que apresentavam a sua subsistência alimentar à volta da mesa. Por esta razão, as refeições são constituídas de sopas, dos cozidos e guisados, do consumo do pão, das saladas, a utilização de ervas aromáticas, de frutos secos e de vinho. Em termos de saúde a Dieta Mediterrânica é considera a mais saudável do mundo pelo facto destas populações possuírem baixa taxa de mortalidade por doenças cardíacas. Além disso está associada á protecção face a doenças como o cancro, diabetes tipo 2, hipertensão arterial obesidade e doenças neuro-degenerativas como a doença de Parkinson ou de Alzheimer. Os alimentos relevantes são: hortícolas, fruta, pão de qualidade (escuro) e cereais pouco refinados, leguminosas, frutos secos e azeite. Outros aliados na cultura mediterrânica temos o menor uso do automóvel com mais deslocações a pé, ou seja, mais actividade física e um clima social de maior tranquilidade e de maior afectividade, típico dos povos mediterrânicos.