O mês de maio é considerado o mês do coração, tendo como objetivo salientar a importância da saúde cardiovascular, uma vez que as doenças cardiovasculares têm uma posição significativa no declínio da qualidade de vida, não só na população portuguesa, como a nível mundial.
Quando falamos da saúde cardiovascular, é impossível não falar do papel da nutrição para a manutenção da mesma e até mesmo para a prevenção destas doenças. No caso de uma gestante, existem vários estudos que demonstram que a prevalência destas doenças durante a gravidez está a aumentar, existindo determinados aspetos que contribuem para esse aumento, como ter idade avançada, um padrão alimentar que não é saudável, ausência de prática de exercício físico, ter hipertensão, diabetes mellitus, assim como apresentar excesso de peso ou obesidade. O desenvolvimento deste tipo de patologias poderá ter consequências a longo prazo também para a grávida como para o feto.
Existem determinados nutrientes que são fundamentais de ter presentes todos os dias na nossa alimentação, como por exemplo, vitaminas e minerais, antioxidantes, fibras e gorduras insaturadas como é o caso dos ácidos gordos ómega-3 e 6, devido à sua ação anti-inflamatória.
Vários estudos indicam que ter uma alimentação rica em fruta, legumes e vegetais, peixe e marisco, frutos oleaginosos, sementes, grãos integrais, óleos vegetais e laticínios, garante o aporte necessário de todos os nutrientes referidos anteriormente, assim como manter uma ingestão de água adequada, ingerindo cerca de 1,5L a 2L por dia. É importante também limitar a ingestão de determinados alimentos, tais como produtos processados, como os refrigerantes por exemplo, doces, sal e carne, principalmente vermelha.
A adoção de uma alimentação orientada neste sentido, levará, não só, à redução do risco de vir a desenvolver este tipo de patologias, como também será um fator relevante ao não agravamento das mesmas caso já exista um quadro patológico.